Processo Político
Em 1920, com a emancipação política de Santo Antônio do Caratinga (que pertencia a Ferros), o Arraial Piedade do Galo foi elevado à categoria de Povoado Piedade do Galo.
Publicado em 20/12/2011 21:35
Em 1920, com a emancipação política de Santo Antônio do Caratinga (que pertencia a Ferros), o Arraial Piedade do Galo foi elevado à categoria de Povoado Piedade do Galo. E em 1923, muda-se o nome de Santo Antônio de Caratinga para Mesquita e conseqüentemente o Galo é elevado à categoria de Povoado, pertencente à Mesquita. Em 1927, o missionário Padre Bonifácio, veio celebrar no Galo, depois de passar por Mesquita, viajando a cavalo por trilhas, pelo alto do Travessão e da Brauninha, chegou no Alto do Galo (ponto mais alto do município) no romper da aurora, e deslumbrou com a vista do povoado, exclamou: “Que belo horizonte”. Mas devido o nome da capital, os líderes políticos concordaram com “Belo Oriente”.
Em 1934, o povoado se fez representar na câmara municipal, elegendo os vereadores Francisco Gonçalves de Brito e José Lagares de Lima, e após três anos perderam o mandato, em decorrência da ditadura do Governo Vargas. Veio o Estado Novo e a dissolução do Congresso. O então prefeito de Mesquita, José Onésimo de Camargo, foi destituído do cargo, e novamente nomeado pelo presidente da República.
Pelo Decreto Lei nº1.058, de 31 de dezembro de 1943, o povoado se eleva a Distrito, adotando o nome de Belo Oriente. Voltando à democracia, em 1946, o município se faz representar novamente na câmara de Mesquita, com dois vereadores eleitos. Em 1950, reforça sua bancada, elegendo Francisco Gonçalves de Brito, Augusto Folador e Alfredo Vitorino de Azevedo. Nas eleições de 1954, vence como prefeito, em Mesquita, Francisco Duarte Pereira, e Belo Oriente se garante na política, formando a dupla elegendo o vice-prefeito Francisco Gonçalves de Brito. Daí em diante, nunca mais deixou de se representar, elegendo sua bancada no poder legislativo.
Destacaram-se, periodicamente, os vereadores: irmãos Geraldo e Lourival Lopes de Carvalho, e os demais, Dorval de Assis Azevedo, Abílio Gonçalves da Cruz, Severo Andrade Pereira, Vicente Soares da Costa, Décio Pacifico de Ávila, José Batista Gonçalves e José Pereira de Miranda.
O processo de emancipação política foi um trabalho árduo, pois o povoado compunha-se unicamente de uma rua na sede, outra em Bom Jesus do “Bagre”, São Sebastião de Braúnas e Cachoeira Escura, que se resumia em alguns ranchos de sapé. Foram feitas fotos do povoado para preencher dados no processo de emancipação.
Foram várias tentativas frustradas, mas o projeto foi novamente em votação no dia 19 de dezembro, e Francisco Gonçalves de Brito (Sô Chiquim) pela Rádio Guarani pede ao locutor para anunciar. A lei foi sancionada pelo Decreto Lei nº 2.764, de 30 de dezembro de 1962.
Em 1º de março de 1963, instalou-se a cidade, tomou posse, nomeado pelo governador do Estado, José de Magalhães Pinto: o intendente Sr. Gentil de Souza Costa, que administrou a cidade até junho do mesmo ano, data em que foi realizado a eleição e o primeiro prefeito eleito foi Lourival Lopes Carvalho, como vice-prefeito, disputado por partidos independentes (a chapa não era vinculada), elegeu-se José Bowen de Barros (Deco-Antero), natural de Marliéria.
A posse aconteceu no dia 20 de junho de 1963, realizada na sala do velho grupo construído de “latão” no governo José de Magalhães Pinto. Entre os primeiros servidores figuravam a jornalista Marta Azevedo, filha de Alfredo Vitorino de Azevedo e D. Rita. Seu Alfredo, além de político, foi dono da primeira fábrica de aguardente oficialmente registrada no município, a famosa “Flor da Mata”.
por Assessoria de Comunicação Social